Fala galera o/
Aqui é o Ari e no artigo de hoje analisaremos um dos principais combos do formato: O incansável Tireless Tribe Combo.
Confesso que eu faço parte da parcela que acreditava que o Tribe morreria após o ban de Gush, e olha que essa minha opinião era baseada na hipótese de banirem apenas o Gush, agora imaginem esse ban acompanhado de Gitaxian Probe e Daze? Felizmente eu estava muito errado e sim, existe vida após o ban.
Quem acompanhou o Pauper mais de perto nos últimos meses conseguiu observar as mudanças que o deck sofreu até chegar nas versões atuais. Logo após o ban, o primeiro movimento foi a adição das cartas Accumulated Knowledge, Peek, Compulsive Research e Tethmos High Priest.
No final de maio, o jogador do mol, Entropy263 conquistou um 5-0 com a seguinte lista:
O segundo movimento importante ocorreu após o lançamento de Modern Horizons, foi quando o inverno chegou ao Pauper trazendo tantas modificações para o Tribe que ele praticamente se tornou outro deck, deixou de ser Full Combo e se tornou um Midrange + Combo. O Kit Astro foi adicionado ao deck e o azul deu lugar ao verde, o deck até passou a ser conhecido como "Tribe Bate com a Bunda" por utilizar Treefolk Umbra, uma das principais carta do deck.
Em Julho, o jogador FARADAN conquistou o 7º lugar em um Pauper Challenge com a lista abaixo:
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O movimento mais recente foi o surgimento da versão pós-ban mais consistente do deck até o momento. A adição da carta Whiteout fez o Tribe ressurgir na cena competitiva do Pauper. O deck já fez diversos resultados nas ligas e Challenges do MOL.

O Gush sempre foi importante no combo por realizar duas funções:
1ª Cavar o deck;
2ª Encher a mão de cartas que seriam descartadas para ativar a habilidade do Tireless Tribe várias vezes.
O Whiteout não cava o deck, mas consegue ser ainda mais eficiente que o Gush para ativar o Tireless Tribe porque além de lidar melhor com os anulas, todos os seus terrenos em jogo podem ser utilizados para voltar o Whiteout para a mão diversas vezes para descartá-lo novamente.
Muitas vezes o Tribe pré-ban tinha dificuldades para vencer jogos em que os oponentes ganhavam pontos de vida. O Tribe atual consegue lidar melhor com essas situações, já ouvi relatos de partidas que foram vencidas mesmo após o oponente ter feito um Weather the Storm para muitos pontos de vida.
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Recentemente o jogador PauloCabral_BR conquistou dois Top 8's nos Challenges: 4º lugar no dia 25/08 e 7º lugar no dia 01/09.
Mais uma vez temos o exemplo de uma carta que sempre esteve presente no Pauper, porém ainda não tinha sido explorada pelos seus jogadores. Casos semelhantes aconteceram com Skred e com o próprio Tireless Tribe no passado.
Vivemos um momento de extrema popularidade do Jeskai, será que a resposta para o deck não se encontra adormecida nesse momento? Bom, isso é assunto para um outro momento. Para o artigo de hoje eu convidei o Paulo Cabral para uma entrevista, ninguém melhor do que ele para falar com propriedade sobre o deck.
Primeiramente gostaria de agradecer ao Paulo por aceitar responder nossas perguntas e compartilhar a visão dele sobre o deck com a comunidade. Espero que os leitores gostem dessa ideia.
Entrevista
Muitas pessoas acreditavam que o Tribe perderia sua relevância no formato após o ban de Gush, Gitaxian e Daze. Como foi sua relação com o deck desde o momento do ban até a lista atual?
R: Eu nunca tive uma relação muito próxima com o Tribe antes do ban, joguei com o deck, mas ele não tinha uma partida boa contra o Mono U e por esse motivo eu preferia jogar com outros decks naquela época.
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Logo após o ban eu cheguei a testar uma versão do deck que utilizava Squadron Hawk para encher a mão, mas essa interação não era suficiente para fazer o deck rodar, só comecei a jogar frequentemente com o deck após a "descoberta" de Whiteout.
Na sua opinião, quais são as principais diferenças entre a versão pré-ban, que chegou a ser um dos principais decks do Pauper no passado, e a versão atual com Whiteout?
R: As diferenças estão principalmente nas funcionalidades que o deck perdeu com a ausência das cartas banidas. O Gitaxian Probe possibilitava conhecer a mão do oponente e combar com mais segurança, hoje jogamos "no escuro". Daze permitia surpreender o oponente e o Gush cavava muito mais cartas do deck, muitas vezes em situações extremas em que eu perderia o jogo na volta por não ter o Inside Out na mão, eu partia para o ataque ainda na esperança de encontrar a carta com o Gush durante o combate, algumas vezes isso funcionava.
Eu gosto da versão atual porque apesar de ela ser mais lenta, ela joga relativamente melhor contra os Aggros. A combinação de Seeker of the Way e Prismatic Strands melhorou o deck nesse quesito.
Você tem conseguido bons resultados com o deck no MTGO, tanto nas ligas quanto nos Challenges. Você acha que o deck está bem posicionado? Quais têm sido suas maiores disficuldades no meta atual?
R: Sim, considero o deck bem posicionado atualmente.
Ele tem uma match muito boa contra o Tron (considero 70% Tribe) e contra os aggros do formato.
As dificuldades são Jeskai (60% Jeskai) e Mono W Heroic, que considero a pior match para o Tribe.
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Você chegou a jogar com o Treefolk Tribe, também conhecido como “Tribe Bate com a Bunda”? O que achou da lista?
R: Não, eu não joguei com o deck, mas certamente sentiria falta das cantrips. Apenas olhando para a lista, imagino que ela não tenha uma match boa contra Tron e Jeskai, o que é um problema, pois esses dois decks representam boa parte do meta.
Vamos fazer um jogo rápido? Irei citar algumas cartas e você diz qual a importância delas em sua lista?

Melhor criatura contra aggros. Boa contra Stompy, Goblins e Burn.
Contra o Heroic eu tiro o Seeker porque ele não é muito relevante.

Um dos melhores tutores do deck, além de permitir buscar um Inside Out ou um Seeker of the Way de acordo com situação do jogo, ele também é um ótimo anula. Costumo usar muito contra Éditos, Pestilência, remoções em geral.
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Gosto da versatilidade da carta, ela pode tutorar partes do combo como o Inside Out ou uma proteção como Circular Logic, mas ela também pode buscar Dizzy Spell e isso é bem importante para encontrar o próprio Tireless Tribe.
Já teve situações de fazer um Muddle the Mixture para Merchant Scroll para Dizzy Spell para Tireless Tribe.

(você chegou a utilizar em suas primeiras listas)
Eu usava ela para melhorar um pouco a match contra o Jeskai, é uma boa estratégia contra o deck, mas atualmente não tenho slot no side. Talvez eu volte a usá-la no futuro.
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