Magic: the Gathering

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Análise: Eternal Weekend Legacy Praga

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Vamos dar uma olhada num dos maiores torneios de Legacy de 2023! Realizado em Praga, 713 jogadores se reuniram para disputar o Eternal Weekend e a gente teve acesso aos dados para fazer uma análise do formato.

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revisado por Tabata Marques

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Indice

  1. > Apresentação
  2. > O Meta do Final de Semana
  3. > O Top 8
    1. Campeão
    2. Vice-Campeão
    3. Top 4
    4. Top 8
  4. > Análise de Winrate
  5. > Finalizando

Apresentação

Olá, pessoal do Legacy! No final de semana de 18 a 19 de Novembro de 2023 foi realizado em Praga na Chéquia a etapa europeia do Eternal Weekend.

No sábado tivemos o evento Legacy, com 713 jogadores, e no domingo o Vintage, com 125. É um torneio do porte de um Grand Prix e eventos desse tamanho nos permitem ter uma visão ampla da situação do formato de uma maneira rara.

Devido ao grande volume de jogos, podemos ter um melhor embasamento do desempenho entre arquétipos, já que a variância acaba ficando diluída na maior quantidade de jogos. Então vamos dar uma olhada no que esse torneio gigante nos trouxe de informação.

O Meta do Final de Semana

Como o torneio foi conduzido no Melee.gg, a gente tem acesso às listas, arquétipos e pareamentos dos 713 jogadores e foi um verdadeiro retrato da cara do Legacy.

Foi necessário trabalhar um pouco da informação, pois alguns arquétipos acabam listados sob outros nomes – 4-Color Snowko? Oko nem é válido! – Mas deu pra agrupar aqui para visualizar:

Uro Control (Bant, 4-Color e 5-Color): 57 decks (7,99%)

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Grixis Delver: 40 decks (5,61%)

Dimir Scam: 37 decks (5,19%)

8-Cast: 34 decks (4,78%)

Lands: 32 decks (4,48%)

Boros Initiative: 31 decks (4,34%)

Storm: 28 decks (3,93%)

Death’s Shadow: 27 decks (3,80%)

Death and Taxes: 25 decks (3,51%)

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Dark Depths (Abzan, Selesnya, Golgari e Naya): 24 decks (3,36%)

Painter (Monored, Rakdos e Boros): 24 decks (3,36%)

Cradle Control: 18 decks (2,53%)

Burn: 18 decks (2,53%)

Life from the Loam: 17 decks (2,38%)

Doomsday: 16 decks (2,25%)

Temur Aggro (Delver/Delverless): 15 decks (2,10%)

Cephalid Breakfast: 14 decks (1,97%)

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Rhinos Cascade: 14 decks (1,97%)

Sneak and Show: 12 decks (1,69%)

Red Prison: 11 decks (1,54%)

Maverick: 9 decks (1,26%)

Jeskai Control: 9 decks (1,26%)

Demais arquétipos: 201 decks (28,19%)

O que dá pra dizer é que o Legacy está num momento bastante diverso da sua história, com uma mistura de Control, Aggro, Combo e Prison bastante espalhada, nenhum arquétipo ultrapassando a marca de 8%.

Esses números refletem bem as análises de Meta que podemos obter de torneios menores e eventos online, então não temos nenhum ponto fora da curva nesse torneio.

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O Top 8

Refletindo a diversidade do torneio, o Top 8 também foi bem variado, sendo que o único arquétipo “repetido” eram as duas versões do Temur Aggro (Canadian Threshold): uma mais agressiva com Delver of Secrets, a outra mais Midrange para extrair valor de Up the Beanstalk. Vamos ver então os decks mais bem colocados:

Campeão

O vencedor desse torneio gigante foi Julian Jakobovits com o bom e velho Temur Delver. Por muito tempo, Izzet Delver foi o rei do formato, mas o banimento de Expressive Iteration fez os jogadores irem atrás de alguma alternativa para recuperar a fluxo de cartas.

Uma carta que apareceu em várias listas foi Reckless Impulse, mas Wilds of Eldrainelink outside website trouxe algo melhor: Questing Druid! Esse filho da Quirion Dryad com Reckless Impulse oferece não apenas esse gás extra que o deck tinha interesse como ainda coloca na mesa a opção de um bicho que cresce bastante rapidamente nesse deck, e assim Temur Delver voltou a ser uma ameaça no formato, abandonando de vez o aposentado Tarmogoyf.

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Vice-Campeão

Direto do Modern para o Legacy para a final do Eternal Weekend, temos o Rhino Cascade do Ergzpo. O plano aqui é simples: colocar dois Rinocerantes 4/4 por 3 manas via mágicas com Cascade e, se isso falhar, apelar para o Token de Hamster de Minsc & Boo, Timeless Heroes. 10 Contramágicas que não interferem com os Cascade aliadas a Brazen Borrower e Fire//Ice servem para controlar o jogo.

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Top 4

No top 4, o jogador Marc Tobiasch optou por ir de Doomsday, aquele que eu considero o deck mais difícil de se pilotar no formato. De interessante na lista, são os Veil of Summer já no main deck, pensando em formato com bastante counters e descarte, e 3 The One Ring, que não apenas ganha tempo, como encontra os pedaços do combo.

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Completando o Top 4, temos um deck em ascensão. O antigo Elfos costumava ser um deck bastante forte no formato. Mas aí ele tomou uma flechada órquica no joelho. O motor de Glimpse of Nature e Heritage Druid simplesmente não funciona contra a artilharia de Orcish Bowmasters. Só que a outra parte do deck, abusar da mana obsceno gerado por Gaea’s Cradle e trapacear monstros em jogo via Natural Order ainda era muito boa para ser deixada de lado.

Assim, os jogadores abandonaram a maioria dos Elfos por uma lista mais Midrange, centrada em Fiend Artisan e o Cradle Control nasceu. A lista foi usada pelo Donderillo para chegar até a final.

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Top 8

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O primeiro jogador do Top 8, spartan117, optou por usar o segundo deck mais popular do formato, a versão do Delver que ganhou força com a chegada dos Orcs, Grixis. Essa lista é a primeira das que vemos aqui a incorporar uma carta de Ixalan, Molten Collapse.

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Na sequência, temos uma lista diferentona de Reanimator. É, na verdade, uma versão híbrida de Reanimator com Rakdos Scam. Ele pode atacar por vários ângulos, seja reanimando rapidamente uma Atraxa, Grand Unifier ou até mesmo um Troll of Khazad-dûm, seja pela dupla atacante Grief + Reanimate, seja emboscando um Brainstorm com um Orcish Bowmasters.

Outras adições interessantes são Urza’s Saga, que encontra Currency Converter no main deck e Shadowspear, Pithing Needle e até mesmo Engineered Explosives no Sideboard. Fechando essa lista inusitada, Liliana of the Veil.

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O próximo é o meu queridinho Boros Initiative, pilotado por Peter Lobotka. Aqui não tem inovação nenhuma no main deck, é a lista completamente padrão do arquétipo. No side, ele inovou com 2 Null Rod e levando em conta a boa quantidade de 8-Cast e Storm, parece ter sido uma boa escolha.

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Fechando o Top 8 aparece o segundo Temur, usado por Gazzo91. Essa lista abre mão da agressão do Mago Inseto para gerar valor com Up the Beanstalk, abastecido por Force of Will, Murktide Regent, Ethereal Forager e Lórien Revealed. Novamente, Questing Druid faz a função dupla de manter o deck em frente e oferecer uma ameaça.

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Análise de Winrate

O pessoal da MTGdecks compilou os 5385 jogos cadastrados e gerou uma planilha com a Winrate geral dos principais arquétipos do torneio, além de gerar uma matriz com o desempenho entre eles. No topo desse índice, dois decks de Ancient Tomb: com 56% de Winrate geral temos os decks do combo Painter’s Servant com Grindstone e o Boros Initiative, seguidos pelo Dimir Scam com 54% e Lands com 52%.

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Já no espectro oposto, levando-se em conta que são apenas os decks mais populares do torneio, temos o Reanimator e os Selesnya/Abzan Depths, com apenas 45% de índice de vitória. No nível intermediário, com 50 a 51%, temos os Uro Control, Grixis Delver, 8-Cast, Death & Taxes, Death’s Shadow e Cradle Control.

A matriz completa do desempenho de cada arquétipo pode ser encontrada aquilink outside website.

Isso nos demonstra que o formato está equilibrado não apenas na divisão de popularidade, mas também nos índices de desempenho. Embora esses 2 arquétipos tenham se sobressaído num torneio desse porte, não dá para concluir que eles estão fora da curva, nem que os que desempenharam abaixo não valem nada. Mas dá para ficar de olho sobre como eles vão se apresentar nas etapas Japonesas e Americanas do Eternal Weekend.

Finalizando

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É realmente uma oportunidade única ter acesso a um volume de informação como essa e conseguir aprender mais sobre o nosso formato. Um abraço, espero que tenham gostado e até a próxima!